Em nove meses, o programa de bolsas de estudo Ciência sem Fronteiras, um dos carros-chefe do governo Dilma Rousseff, cumpriu 20% da meta governamental de enviar 75 mil universitários e pesquisadores a instituições de ensino superior estrangeiras até 2015. O setor privado, que se comprometeu a financiar outros 26 mil estudantes, está às voltas com questões burocráticas e operacionais e ainda não fechou uma única bolsa. Considerado "surpreendente" e até "alucinante" por acadêmicos e parceiros fora do governo, o desempenho dos primeiros nove meses do Ciência sem Fronteiras reflete uma demanda reprimida por oportunidades de formação global nas universidades brasileiras e também a longa experiência das agências federais de fomento à pesquisa, que mantêm parcerias com instituições de ensino estrangeiras há cinco décadas. (Valor Econômico)