A experiência recente mostra que as medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central (BC) surtiram efeito no sistema de crédito assim que foram anunciadas. Nada mais natural, portanto, que as novas concessões a pessoas físicas respondam, também de imediato, à revisão dessas mesmas regras, promovida na última sexta-feira. "O afrouxamento na exigência de capital dos bancos pode dar um suporte às linhas de comércio e de financiamentos a veículos já em novembro e dezembro", diz Alessandra Ribeiro, economista da consultoria Tendências. Suas projeções para as concessões de crédito a pessoas físicas apontam para um crescimento de 7,4% em 2011 contra 2010. Para 2012, o desempenho estimado já é bem melhor – alta de 9,5% ante 2011 -, em boa parte graças a esse alívio no requerimento de capital das instituições financeiras. (Valor Econômico)