O resultado do primeiro turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo teve a maior reviravolta da história e mostrou como a força de uma legenda pode pesar numa disputa tão acirrada. O candidato Celso Russomano (PRB) – que liderou as pesquisas de intenções de voto até a última semana antes da eleição – ficou fora do segundo turno sendo ultrapassado por José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT).  Russomano teve 21,6% dos votos válidos contra 29,98% de Haddad e 30,75% de Serra.

 

Segundo a Arko Advice Pesquisas, “a boa capacidade de mobilização” de PT e PSDB, junto com o apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Haddad, e do governador Geraldo Alckimin (PSDB-SP) e do prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP) a Serra, foram determinantes para selarem esse resultado.

 

 

Assim como no primeiro, o segundo turno promete ser acirrado, com uma leve vantagem de 6 pontos percentuais para Haddad, segundo pesquisa do Datafolha, que aponta o petista com 45% dos votos contra 39% de José Serra. 

 

A Arko Advice acredita que ambos irão enfatizar seus pontos fortes do primeiro turno, colocando em evidência o apoio do Executivo nacional e local.

 

“Neste segundo turno, a estratégia de Fernando Haddad será a de nacionalizar a disputa com objetivo de aproveitar o prestígio de Dilma e Lula e também explorar o sentimento de mudança do eleitorado paulistano. José Serra, por sua vez, tentará estadualizar o debate, utilizando a imagem positiva de Alckmin e a importância da prefeitura e governo de São Paulo atuarem como parceiros”.

 

 

Além do Datafolha, a Arko Advice também aponta leve vantagem de Fernando Haddad sobre José Serra no segundo turno. O que mais pesa negativamente na campanha do petista é o fato do julgamento do mensalão terminar antes do pleito e o resultado impactar diretamente na imagem de Haddad, já que o PSDB está acompanhado de perto o desfecho do caso.

 

Entretanto, o elevado índice de rejeição de Serra de 42%, ante os 25% de Haddad, o iminente apoio de Gabriel Chalita (PMDB) – que obteve expressivos 13,6% dos votos – ao petista e a proximidade dos eleitores de Russomano com Haddad, deixam Serra em desvantagem, mas, não derrotado.

 

“O sentimento de rejeição a gestão Kassab, a elevada rejeição de Serra e a maior capacidade de expansão eleitoral no segundo turno indicam um pequeno favoritismo para Fernando Haddad. No entanto, o embate entre PT x PSDB será muito acirrado, principalmente pelo envolvimento de líderes importantes como Dilma, Lula e Alckmin, o que não garante que José Serra não possa superar seus adversários”, afirmou a Arko Advice. Fonte: Brasília Em Tempo Real