A Chancelaria argentina anunciou que está preocupada com o déficit comercial com o Brasil, mas que no lugar de insistir em novas barreiras às importações, buscará intensificar as ações de promoção para que as exportações aumentem ainda mais do que já vêm crescendo.
O Chanceler argentino, Jorge Taiana, se reunirá hoje, no Palácio San Martín, com o Embaixador argentino no Brasil, Juan Pablo Lohlé, o conselheiro econômico, Luis Castillo, e os dez cônsules argentinos no Brasil, com o objetivo de coordenar a promoção comercial no Brasil.
Depois de um mês de trabalho de inteligência, a Subsecretaria de Comércio Internacional argentina avaliou que o Brasil oferece oportunidades ainda não exploradas pela Argentina em matéria de software, serviços de informática, call centers , redes de tecnologia, alimentos, materiais de construção, cosméticos e perfumaria, fotografia, indústria de plásticos, editorial, maquinaria e equipamentos mecânicos e instrumentos de iluminação e hospitalares.
A Argentina já realiza 50 ações anuais de promoção comercial no Brasil, mas agora a Chancelaria está analisando o que cada região brasileira importa de terceiros países e que possibilidades existem para que essas compras sejam substituídas por produtos da Argentina.
Nos primeiros onze meses do ano, o déficit comercial com o Brasil alcançou US$ 3,5 bilhões, o que representa um incremento de 5,9% em comparação com o mesmo período de 2005. No entanto, as exportações para o Brasil cresceram 27%, totalizando US$ 7,25 bilhões no período. De janeiro a outubro, aumentaram as exportações para o Brasil de produtos primários (41%), combustíveis e energia (28%), produtos industriais (22%) e agropecuários (21%). As importações do Brasil, que alcançaram US$ 10,75 bilhões, cresceram 19%.
Lohlé espera que seja duplicado, em dois anos, o número de pequenas e médias empresas argentinas que exportam para o Brasil, que atualmente é de 1500.
Fonte: Arko América Latina