O governo Cristina Kirchner criticou os empresários e pediu que eles mantenham o controle de preços. O pedido foi feito depois que as câmaras empresariais reclamaram das medidas econômicas do Executivo para conter a inflação.
Em entrevista concedida à imprensa local, o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, disse que, em relação à inflação, a melhor contribuição que os empresários podem dar é não aumentar os preços dos bens e serviços que produzem.
Porém, o presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), Eduardo Buzzi, entende que a inflação não é provocada pelas empresas, mas sim pelas condições macroeconômicas.
Os empresários exigiram que o governo argentino evitasse intervir no processo de formação de preços, em uma referência ao programa de "Preços Cidadãos", que regula o valor de 200 bens da cesta básica.
Apesar das reivindicações dos empresários, Capitanich afirmou que, até o momento, não recebeu nenhuma documentos com as propostas das câmaras empresariais argentinas.
Vale recordar que, em mais de uma ocasião, o chefe de gabinete da Presidência denunciou as supostas condutas "irresponsáveis" e "inescrupulosas" dos empresários, aos quais acusa de subir os preços de forma indiscriminada.
De acordo com números oficiais, a Argentina registrou uma inflação de 9,7% no primeiro trimestre de 2014.