A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, decidirá no final de junho se será ou não candidata a reeleição nas eleições de outubro. A revelação foi feita pelo chefe do gabinete de ministros, Aníbal Fernández, em uma entrevista concedida a imprensa.
Até agora, o futuro político de Cristina parece ser uma incógnita. De um lado, ela lidera as pesquisas de intenção de voto com larga vantagem sobre seus adversários. De outro, faz declarações que indicam pouca disposição em tentar um novo mandato como, por exemplo, “não morre de vontade de ser presidente outra vez”.
Os partidos políticos tem até o dia 25 de junho para definir quem serão os seus candidatos nas eleições marcadas para 23 de outubro.
Apesar do suspense, a tendência é que Cristina Kirchner dispute a reeleição. Como a presidente sabe que será alvo de seus adversários assim que anunciar seu candidatura, ela tende a assumir a condição de candidata no prazo limite (final de junho).
No entanto, nos bastidores da política argentina, há quem acredite que Cristina poderá não disputar a reeleição. Isso ocorre por dois motivos:
1) Ela está muito abalada desde a morte do se esposo e ex-presidente Néstor Kirchner (Cristina veste preto desde o falecimento de Néstor);
2) o estado de saúde de Cristina Kirchner também é motivo de incertezas (recentemente ela cancelou uma viagem em função de uma baixa de pressão).
Aprovada por mais de 50% dos argentinos, Cristina Kirchner aparece nas pesquisas como favorita. Embora seja criticada pelos investidores estrangeiros por conta de suas políticas intervencionistas, o país registra um robusto crescimento econômico, apesar da elevada inflação.