A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que não dá a vida para se reeleger para o cargo neste ano, e que já deu ao país tudo o que tinha para oferecer, numa declaração que amplia a incerteza sobre sua candidatura na eleição de outubro.
Segundo a agência Reuters, todo o espectro político, empresários, sindicatos e agentes econômicos da Argentina aguardam com grande expectativa a decisão de Cristina, que sofreu um duro golpe pessoal e político no ano passado com a morte do seu marido, antecessor e mentor, Néstor Kirchner. As pesquisas a apontam como líder nas intenções de voto.
Em seu discurso, e pela segunda vez em poucos dias, Cristina fez um apelo a sindicatos aliados para que ajudem seu governo, que periodicamente enfrenta duros conflitos por questões salariais, num momento em que a inflação corrói o poder de compra dos trabalhadores.
A imprensa local cita rumores de que seus filhos estariam pedindo que ela deixe a política para se dedicar mais à família depois da morte do marido, e a própria presidente tem feito repetidas menções à sua tristeza.