O processo, que corre desde o dia 11 e está sob a jurisdição da Comissão Nacional de Defesa da Concorrência, do Ministério da Economia, foi divulgado ontem pelo presidente em exercício da Argentina, o vice-presidente Amado Boudou. A denúncia foi formalizada por entidades patronais do setor de transportes e acusa as empresas distribuidoras de petróleo de cobrar um sobrepreço que chega até a 30% sobre o litro do óleo diesel, em relação ao valor praticado nas bombas para o mercado varejista. "é como alguém cobrar mais pelo alfajor dentro de uma caixa de uma dúzia do que pelo produto sozinho. Não tem nenhuma lógica econômica, além de afetar o poder de compra e a competitividade no país", disse Boudou. Segundo o secretário nacional de Transportes, Juan Pablo Schiavi, o valor médio do sobrepreço seria de 8%, o que, em termos anuais, significaria 3,5 bilhões de pesos argentinos (cerca de US$ 810 milhões). De acordo com Schiavi, os 38.684 ônibus argentinos consomem 115 milhões de litros mensais de diesel e os 430 mil caminhões usam 250 milhões de litros por mês no mercado atacadista. (Valor Econômico)