Nem a multa de R$ 1 milhão por dia imposta pela Justiça aos caminhoneiros que impedem o abastecimento da Região Metropolitana nem o uso da Polícia Militar para escoltar caminhões-tanque conseguiram normalizar a distribuição de combustível em São Paulo ontem. O sindicato que representa os donos de postos estima que a escassez atinja quase 100% dos estabelecimentos – 2 mil postos na Grande São Paulo. Mesmo que a paralisação acabasse ontem, a distribuição só estaria normalizada no começo da semana que vem, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro-SP). A entidade classificou o cenário como "desesperador" e pediu que a Prefeitura suspenda as multas na Marginal do Tietê por pelo menos cinco dias, para agilizar o abastecimento. "Sem as restrições, conseguiríamos repor os estoques daqui quatro dias. Com elas, seria daqui uma semana, no mínimo", disse o presidente da entidade, José Alberto Paiva Gouveia. (O Estado de S.Paulo)