A Chevron ainda está tendo problemas no programa de "abandono" do poço que vazou no campo de Frade. Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), disse ao Valor que a agência ainda não está satisfeita com o perfil de cimentação da primeira fase do processo de selagem do poço, que em linguagem leiga significa a colocação de uma espécie de rolha com 350 metros de cimento na abertura do reservatório, a 1.211 metros de profundidade. Por causa dessa exigência, a Chevron ainda não concluiu a segunda etapa do processo de abandono, que é a de cortar a coluna para colocar uma segunda massa de cimento. A diretora explicou ontem as razões que fundamentaram a decisão da ANP de suspender a licença de perfuração da Chevron no país por tempo indeterminado, o que inclui o pedido da empresa de atingir o reservatório Paru, no pré-sal daquela concessão. Segundo Magda, a Chevron não podia submeter à ANP um plano de abandono do poço -analisado em caráter de emergência no dia 13 de novembro e que depois não pôde ser cumprido -, porque a empresa não tinha equipamentos que julgava necessários. (Valor Econômico)