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Analista do PT mostra o impasse do governo na sucessão

Com o ânimo abatido após uma sequência de revezes nos últimos meses, o governo entrou numa fase de autocrítica, refletida no noticiário do Valor Econômico desta quinta-feira 24. O jornal informa que a presidente Dilma poderá trocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, caso a situação econômica se deteriore. Na mesma edição, o ex-porta-voz da Presidência (governo Lula), André Singer, analisa o cenário sucessório em entrevista para concluir que Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, do PSB, avançou sobre o espaço do centro. Na visão dele, Dilma perdeu posição à esquerda, e o principal prejudicado na centro-direita foi Aécio Neves (PSDB), com seu discurso neoliberal a favor de medidas amargas para corrigir os rumos da economia.

O cientista político cita o estudioso americano Ronald Inglehart, autor da teoria do pós-materialismo, para quem as demandas sociais estão se deslocando do atendimento das necessidades básicas para outras, tais como combate à corrupção e desenvolvimento sustentável. Singer detecta o início do enfraquecimento de Dilma nas manifestações de junho do ano passado, agravado pelo repique inflacionário, obrigando o governo a um ajuste mais forte, embora homeopático, via aumento da taxa de juros. O resultado foi o crescimento da avaliação negativa da administração, seguido de perda de pontos nas pesquisas de intenção de votos.