A pesquisa Datafolha mostrou que os ataques de Dilma Rousseff a Marina Silva (PSB) estão dando resultados. Pelo menos até aqui. No primeiro turno, o impacto é modesto. No segundo turno, um pouco maior. Há duas semanas, Dilma Rousseff (PT) e Marina estavam empatadas (34%, cada). Hoje, a presidente tem três pontos de vantagem em relação à sua principal rival. No segundo turno, a vantagem de Marina, que era de 10 pontos, caiu para seis.
Na comparação com a sondagem realizada na semana passada, Dilma, Marina e Aécio Neves (PSDB) oscilaram dentro da margem de erro (2%), mostrando uma estabilidade dos índices dos três principais candidatos. Também não houve modificação nos percentuais de brancos, nulos e indecisos.
O resultado do Datafolha mostra que, embora a campanha negativa realizada por Dilma e Aécio possa ter contido o crescimento de Marina, a estratégia de ataque contribuiu pouco para alavancar as intenções de voto dos candidatos a presidente do PT e PSDB.
Na simulação de 2º turno entre Dilma Rousseff x Marina Silva, as oscilações também ficaram dentro da margem de erro. No entanto, a vantagem de Marina sobre Dilma caiu de 7 para 4 pontos, o que configura uma situação de empate técnico.
Marina Silva demonstra uma interessante capacidade de resistir à bateria de ataques que vem sofrendo, mesmo tendo um tempo de TV bastante inferior aos demais concorrentes. Isso é um ponto positivo para a candidata do PSB, pois no 2o turno a desvantagem no palanque eletrônico será anulada por conta do tempo igualitário de TV (10 minutos para cada candidato).
Numa eventual disputa entre Dilma e Aécio Neves, a vantagem continua sendo da candidata do PT, que venceria por 49% a 38%, a mesma verificada há uma semana pelo Datafolha. Em um embate contra Aécio, a candidata do PSB venceria por 54% a 30%. Na semana anterior, o índice era de 56% a 28% em favor de Marina.
Análise da Arko Advice