O crédito externo para a economia brasileira migrou do curto para o longo prazo, como resultado da elevação para 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos financiamentos com prazos de até dois anos. Embora já estivesse ocorrendo em abril, o movimento ficou ainda mais evidente pelos dados das contas externas do mês de maio. Essa trajetória levou o Banco Central (BC) a fazer significativas revisões nas suas previsões de fluxo de empréstimos externos para o País. A expectativa do BC para o ingresso de recursos decorrente de créditos de longo prazo em 2011 saltou de US$ 49,8 bilhões para US$ 71,9 bilhões. Enquanto isso, a projeção para as operações de curto prazo despencou de US$ 27 bilhões para apenas US$ 5,5 bilhões. As alterações nas projeções relativas aos financiamentos externos foram as mais significativas de toda a revisão que o BC faz trimestralmente em seu cenário para as contas externas. (O Estado de S.Paulo)