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Aliados e munição

Paulo Roberto da Costa
Além de importantes apoios, anunciados 48 horas após a divulgação do resultado do 1º turno, Aécio Neves ganhou forte munição contra a presidente Dilma Rousseff. O áudio divulgado pela Globonews e G1 em que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa detalha a distribuição de propina para PT, PMDB e PP teve grande repercussão na campanha do PT.
A confissão tem peso importante porque: 1) pela primeira vez ouve-se a voz do delator Paulo Roberto Costa confirmando em detalhes o esquema de corrupção na Petrobras; 2) trata-se de gravação da Justiça Federal e não de operação clandestina; 3) é forte o impacto da naturalidade com que o ex-diretor descreve graves irregularidades; 4) a gravação fornece matéria-prima para a propaganda eleitoral do 2º turno; 5) o PSDB tem assunto para malhar nas redes sociais.
A gravação vem em um momento-chave para o candidato da oposição. No início da campanha pelo segundo turno e às vésperas do debate da TV Bandeirantes (14/10), onde o assunto certamente será explorado.
Apesar do momento favorável a Aécio Neves, sua pequena vantagem não é definitiva. O PSDB enfrentará uma candidata poderosa, que possui o poder da máquina sob seu controle. Nesta acirrada disputa, vencerá quem errar menos.