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Aécio troca o fim do fator previdenciário por uma chance do segundo turno

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O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, prometeu, se eleito, acabar com o fator previdenciário. O mecanismo, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1999 para desestimular as aposentadorias precoces, foi mantido nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Sindicalistas cobram o fim do fator, defendido por especialistas como determinante para o equilíbrio da Previdência. O fim do mecanismo é visto como uma medida populista pelos críticos da concessão assumida pelo tucano.
A promessa destoa do discurso de austeridade econômica de Aécio. Após ele ser ultrapassado por Marina Silva (PSB) nas pesquisas de intenção de voto, o deputado Paulinho, da Força Sindical, passou a exigir que o candidato defendesse claramente a medida e iniciou diálogo com a candidata do PSB. A central sindical é um dos principais canais de Aécio com os movimentos sociais.
Segundo dirigentes da entidade, a Força abriu mão de incluir outras bandeiras históricas da categoria na plataforma do tucano, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, mas não podia recuar do fim do fator previdenciário, pois isso causaria prejuízos políticos na base sindical. Depois de ganhar quatro pontos na última pesquisa Ibope, Aécio viu na proposta de acabar com o fator previdenciário uma oportunidade de conquistar novos votos na sua estratégia para checar ao segundo turno.