Um dia depois de o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ter voltado a considerar o senador Aécio Neves (PSDB) o "candidato óbvio" do partido na próxima eleição presidencial, o senador elevou o tom e mirou no governo Dilma Rousseff (PT). Discorreu sobre o que chamou de "malfeitos" dentro do governo, a "inépcia" de gestão da administração pública e atacou o que assinalou ser "exagero na ocupação dos cargos públicos", denunciando o aparelhamento da máquina federal. "Há dificuldade do governo em diferenciar o que é público do que é privado, o que é partidário do que é privado. São sucessivos exemplos, grandes e pequenos, dessa confusão do governo nas nomeações", disse, citando em seguida "a interferência política no Banco do Brasil e na Petrobras". "Essa questão sem esclarecimentos do governo sobre a Casa da Moeda, e a Caixa, naquela nebulosa transação com o Banco Panamericano, para não citar outros desatinos", atacou, considerando o governo "frágil" do ponto de vista gerencial. "O tempo é que vai mostrar isso. Com o tempo, vai ficar muito claro que o governo do aparelhamento não é bom para o Brasil", disse, instando o governo a deixar "imunes" às indicações políticas áreas como a da Petrobras e a dos bancos oficiais. (Estado de Minas)