As siderúrgicas brasileiras já começaram a se proteger da alta do minério de ferro, cujas negociações estão em fase final em patamares acima de 90% de reajuste, e programam aumentos a partir de abril nos preços do aço no mercado doméstico que variam de 10,5% a 14,5%. A mudança no sistema de precificação do minério, que migra de correções de valor anuais para trimestrais, deve entrar em vigor amanhã, com impacto sobre toda a cadeia produtiva mundial do aço. As siderúrgicas argumentam que é só o começo: elas terão de administrar ainda reajustes de outras matérias-primas e insumos usados nos altos-fornos e aciarias de suas usinas. é o caso do carvão metalúrgico, cujo peso é de 25% no custo de produção do aço acabado. Portanto, observa um executivo do setor, não estão descartados novos reajustes do aço depois que forem definidos os novos preços desse insumo. O carvão usado no Brasil é 100% importado e o alta prevista para este ano deverá ficar acima de 50%, conforme negociações já anunciadas entre usinas de aço japonesas e coreanas com as grandes mineradoras.