A 32 dias da Copa do Mundo, as manifestações de rua explodiram na quinta-feira em 12 capitais, aumentando a apreensão do governo. Apenas São Paulo registrou cinco protestos simultâneos com perfis diferentes daqueles do ano passado. Agora são comandados por sindicatos e têm pauta específica, como a dos sem teto, que conseguiram ser recebidos pela presidente Dilma e ganharam a promessa de ser incluídos no programa “Minha Casa, Minha Vida”.
A medida que se aproximam as eleições, os políticos vão ficando mais tolerantes com os manifestantes, mais dispostos a ouvir suas reivindicações e encaminhar soluções para os problemas. Eles temem não apenas uma escalada de violência daqui até 12 de junho, quando começa a Copa, como a multiplicação e continuidade dos eventos depois da competição. Autoridades, forças de segurança, políticos estão todos reféns da surpresa que o movimento “Não Vai Ter Copa” reserva para junho.