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O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participam de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto
Com mais de dois meses na agenda nacional, a Covid-19 aumentou o nível do embate político no Brasil, o que é absolutamente inaceitável para a cidadania. O que está por vir deverá exigir um novo padrão de atuação do governo e das instituições. No entanto, o despertar para a nova realidade tem sido mais demorado do que as circunstâncias demandam. Em especial por causa do clima de conflito institucional que predominou até agora.
A reinvenção do governo passa por muitos aspectos. Na economia, a agenda contracionista de matriz liberal foi destruída pelos acontecimentos. Teremos de ser mais keynesianos, para evitar que a economia brasileira entre em colapso. Nesse aspecto, o governo avança, mas os recursos ainda não chegam até a ponta porque a burocracia prossegue imperando.
O Congresso progride na agenda de enfrentamento da crise, mas deixa de lado temas relevantes da agenda de reformas que ainda são mais importantes para a retomada do crescimento econômico e para a redução do desemprego.
Considerando-se o cenário, o que pode acontecer com o governo Bolsonaro? Como esperado, as medidas adotadas para proteger a economia brasileira têm tido alcance notadamente emergencial. Não há, ainda, o desenho de nenhuma espécie de Plano Marshall para reconstruir o estrago após a pandemia.
A mudança do comportamento político do governo é mais do que premente, podendo mesmo se transformar em questão de sobrevivência política. Aparentemente, o presidente Bolsonaro começou a entender a nova dinâmica.
“O presidente tem a faca e o queijo na mão, até mesmo para sair maior do que quando começou a pandemia”
Após a crise com seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente deu mostras de que deverá caminhar em uma direção menos confrontadora. Limitou suas aparições nas grades do Palácio da Alvorada, onde dava caneladas verbais em uns e outros. E, na quarta-feira 8, fez um pronunciamento conciliador nas redes de rádio e televisão. Outro detalhe fundamental foi o aumento de seus contatos com parlamentares e lideranças partidárias. Enfim, suas atitudes dos últimos dias demonstram uma atuação mais harmoniosa.
Em tempos de incerteza, a união é fundamental. E, no regime presidencialista, o movimento deve ser liderado pelo presidente da República. Esta seria sua principal missão hoje: unir para liderar o país no enfrentamento de um inimigo comum e maior.
Curiosamente, em meio a conflitos e desencontros, o presidente tem a faca e o queijo na mão, até mesmo para sair maior do que quando começou a pandemia. Desde que tenha a exata dimensão de sua responsabilidade em tempos desafiadores.
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O desafio imposto pelo novo coronavírus determina que se abandone a estratégia de confronto com a qual Bolsonaro ganhou as eleições em 2018. Como diria o piloto de Fórmula 1 argentino Juan Manuel Fangio, “carreras son carreras”.
Governar é diferente de ganhar eleições. É muito mais complexo. Governar exige lançar mão de ações agregadoras. Governar em tempos de guerra exige mais ainda. Como disse FHC, “liderar um país não é dar ordens ao país, é fazer com que as pessoas sigam junto com você”.