A nota sobre pesquisa revelada pelo marqueteiro João Santana sobre queda da confiança do eleitor no governo agregou tensão ao estado de espírito dos aliados da presidente Dilma. Os dados mostrariam que o eleitor não leva mais muita fé na capacidade do governo para mudar, o que jogou água fria na reviravolta positiva no astral da campanha da reeleição, conseguida pela presidente, com a ajuda de Lula, nos últimos dias.
Segundo a nota, “até quem melhorou de vida nos últimos anos desconfia que sua renda pode parar de aumentar. A análise preocupou os petistas e deve exigir uma guinada na estratégia eleitoral”. Não é a primeira pesquisa apontando para a insegurança dos brasileiros em relação ao futuro. Há pessimismo, embora numa dosagem moderada. A saída seria apelar para a velha estratégia de pôr a culpa na crise internacional.
A informação circulou no dia do anúncio de que o Brasil registrou taxa de desemprego de 7,1% no primeiro trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE). O número representa alta em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o indicador ficou em 6,2%. Os dados integram a chamada Pnad Contínua, que vai substituir a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e a Pesquisa Mensal do Emprego (PME). No primeiro trimestre de 2013, a taxa de desemprego foi de 8%.