Durante a campanha eleitoral de primeiro turno, a questão das privatizações não teve grande destaque. Aqui e ali pipocava uma acusação. Uma denúncia. Nada demais.
No segundo turno, Lula escancarou. Acusou Geraldo Alckmin de querer privatizar a Petrobrás, Eletrobrás, Correios, Caixa Econômica, entre outras.
Usando de uma lógica simples, Lula disse que Alckmin tinha privatizado a Comgás e outras empresas
Alckmin ficou encurralado. Rebateu usando um casaco, no estilo César Maia, com o logo de todas as empresas estatais. Aceitou o jogo do Lula. Não deu certo. Demorou em reagir e reagiu mal
Por exemplo, Geraldo não esclareceu as vantagens da privatização das empresas de telefonia. A universalização do serviço, a expansão da internet, a explosão da telefonia celular, entre outros aspectos para o consumidor.
Não abordou também a questão tributária. Quantos impostos foram gerados pelas empresas privatizadas? Uma enormidade. Ninguém disse uma palavra sobre isso.
Agora, tardiamente, Geraldo Alckmin acusa Lula de ter privatizado a Amazônia. Mesmo que seja verdade, é uma afirmação tão explosiva que mereceria ampla cobertura da imprensa. Como ninguém comenta o assunto, a denúncia caiu no vazio e não terá repercussão alguma.
Aliás, Lula já reagiu condenando o interesse dos países desenvolvidos na Amazônia. É uma forma de neutralizar o ataque. Transferiu para os gringos a responsabilidade do problema.
Ao largo das mentiras e factóides típicos das campanhas eleitorais, é lamentável que a privatização morra de morte tão inglória.