A prioridade de Lula é a política
27 de outubro de 2006
A imprensa e o clima político
27 de outubro de 2006
Exibir tudo

A Maldição das Privatizações

Durante a campanha eleitoral de primeiro turno, a questão das privatizações não teve grande destaque. Aqui e ali pipocava uma acusação. Uma denúncia. Nada demais.


 


No segundo turno, Lula escancarou. Acusou Geraldo Alckmin de querer privatizar a Petrobrás, Eletrobrás, Correios, Caixa Econômica, entre outras.


 


Usando de uma lógica simples, Lula disse que Alckmin tinha privatizado a Comgás e outras empresas em São Paulo e que o governo FHC tinha vendido a Vale, etc. Daí, Geraldo faria o mesmo no governo federal.


 


Alckmin ficou encurralado. Rebateu usando um  casaco, no estilo César Maia,  com o logo de todas as empresas estatais. Aceitou o jogo do Lula. Não deu certo. Demorou em reagir e reagiu mal


 


Por exemplo, Geraldo não esclareceu as vantagens da privatização das empresas de telefonia. A universalização do serviço, a expansão da internet, a explosão da telefonia celular, entre outros aspectos para o consumidor.


 


Não abordou também a questão tributária. Quantos impostos foram gerados pelas empresas privatizadas? Uma enormidade. Ninguém disse uma palavra sobre isso.


 


Agora, tardiamente, Geraldo Alckmin acusa Lula de ter privatizado a Amazônia. Mesmo que seja verdade, é uma afirmação tão explosiva que mereceria ampla cobertura da imprensa.  Como ninguém comenta o assunto, a denúncia caiu no vazio e não terá repercussão alguma.


 


Aliás, Lula já reagiu condenando o interesse dos países desenvolvidos na Amazônia.  É uma forma de neutralizar o ataque. Transferiu para os gringos a responsabilidade do problema.


 


Ao largo das mentiras e factóides típicos das campanhas eleitorais, é lamentável que a privatização morra de morte tão inglória.