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A presidente Dilma Rousseff fez um movimento ousado ao extinguir a Secretaria de Relações Institucionais, ocupada por Pepe Vargas (PT), e transferir para o vice-presidente Michel Temer a responsabilidade pela articulação política, área muito mal avaliada pelos aliados.
Pepe Vargas colecionava muitas críticas e derrotas no Congresso. Sua atuação durante a eleição para a presidência da Câmara inviabilizou qualquer chance de diálogo com o PMDB da Câmara. Na primeira entrevista como presidente eleito da Casa, Eduardo Cunha disse não reconhecer Pepe Vargas como interlocutor do Executivo no Congresso. Os dois sequer se falavam.
A mudança, portanto, era mais que necessária. Pesquisa da Arko Advice realizada semana passada revelou que 60,77% dos deputados avaliam a relação entre Executivo e Legislativo como ruim ou péssima.
Eliseu Padilha, uma sugestão do ex-presidente Lula, foi a primeira opção de Dilma. Mas não teve o apoio do partido e não aceitou o convite. A opção por Temer pegou importantes lideranças do PMDB de surpresa. Conforme revelou o jornalista Gerson Camarotti, a decisão da presidente irritou muita gente do partido. Nem mesmo Eduardo Cunha e Renan Calheiros foram comunicados com antecedência.
Mas as declarações públicas de importantes políticos da legenda foram positivas. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, por exemplo, afirmou que, com Temer na articulação política, Dilma avançou.
A indicação de Temer foi um dos movimentos políticos mais importantes da presidente Dilma desde que assumiu o segundo mandato. No curto prazo, é positivo para o governo pelas seguintes razões: 1. Tende a reduzir a disposição do PMDB de criar problemas para o governo; 2. Soma experiência e habilidade política em favor do Planalto, fundamentais para que o governo retome a iniciativa da agenda; e 3. Reforça o papel do vice-presidente no governo e no Congresso.
Para conseguir recuperar a qualidade da articulação política, Temer terá que ter poder de concluir e executar acordos. Com autonomia e poder de decisão, o vice-presidente tem espaço para resolver boa parte dos problemas do governo no Congresso.
A solução Michel Temer dá boas perspectivas para a aprovação do ajuste fiscal, que deverá entrar pra valer na agenda de maio.