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A dor de perder a Copa do Mundo

Meu filho Lucas  me perguntou: qual foi a dor mais doída em uma Copa do Mundo? Respondi sem dúvida, a desclassificação para a Itália em 1982. Não era nascido na Copa de 1950. Em 1982, tínhamos o melhor time da Copa. Perdemos em uma bobeada de Toninho Cerezo e na insistência de Têle Santana em manter um inoperante Serginho ao invés de escalar o goleador Roberto Dinamite. A dor daquela derrota me tirou o ânimo de ver jogos de futebol por um bom tempo. Foi uma dor quase tão grande como a morte de Ayrton Senna.

 

A derrota para a França foi fichinha perto da Tragédia de Sarriá na Espanha. No jogo de agora, nosso time não jogou nada. Não tivemos conjunto nem raça nem empenho. Foi um time acanhado que não merecia prosseguir na competição.  Não podemos nem lamentar uma bola na trave, um pênalti não marcado, um gol roubado do adversário. Deixamos Henry sozinho na área enquanto o galáctico Roberto Carlos arrumava as meias.

 

Parreira não teve comando nem padrão tático. Zagalo, com a saúde fragilizada, pouco pode ajudar. Será que achavam que um amontoado de craques resolveria?  Não resolveu. Por isso, a dor é pequena. Muito pequena.  Mais uma vez, os Deuses do Futebol não foram injustos conosco.