Brasil e União Europeia vão à reunião de cúpula do G-20 de Cannes, em 30 dias, com pelo menos um foco de divergências: o imposto sobre transações financeiras. Reunida em Bruxelas com autoridades do bloco, a presidente Dilma Rousseff disse concordar com uma maior regulação sobre o fluxo internacional de capitais, mas não aceitou a proposta da taxação, defendida por Alemanha e França, que deve entrar em vigor na Europa em 2014 – com ou sem a aprovação das demais economias mais desenvolvidas. A discordância foi revelada por Dilma a jornalistas no término da primeira etapa da viagem internacional – que prossegue hoje na Bulgária. Desde a noite de segunda-feira, a presidente teve quatro encontros com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para tratar da "parceria estratégica" entre o país e o bloco. A crise das dívidas na Grécia, na Irlanda, em Portugal e a possibilidade de contágio na Itália, na Espanha e no sistema financeiro dominou a pauta. (O Estado de S.Paulo)