A durona Dilma Vana Rousseff finalmente se emocionou. Não chegou a chorar. Mas escancarou seus sentimentos, diante da multidão que a aguardava na cidade de origem de seu pai, na Bulgária. Ontem, a presidente do Brasil fechou o círculo na trajetória da família Rousseff. Seu pai Petar Roussev havia deixado Gábrovo sem dar explicações – abandonou a família e desapareceu por 18 anos. Ontem a filha Dilma desembarcou na cidade com uma entrada triunfal, diante de uma população que vive uma de suas piores crises e tenta construir, de forma desesperada, razões de esperança. Dilma foi levada pelo presidente da Bulgária, George Parvanov, à escola onde o pai estudou, em Gábrovo. Do lado de fora, a população parou para saudá-la, numa cidade pouco acostumada a grandes eventos. Dentro da escola, o cartunista Ziraldo, que entrou na comitiva, contou que ministros não contiveram as lágrimas. A presidente se segurou, mas admitiu que teve dificuldades para levar adiante seu discurso. "Engasguei. Não conseguia formular as frases e não conseguia falar", admitiu. "é uma coisa impressionante estar no lugar onde seu pai estudou", prosseguiu. "Estou realizando um sonho de meu pai, que gostaria de estar aqui." (O Estado de S.Paulo)