Desde a criação do Bolsa Família, no fim de 2003, até setembro deste ano, 5,856 milhões de famílias deixaram de receber os benefícios do programa. Os motivos para a saída são diversos, mas cerca de 40% dos ex-beneficiários, ou 2,227 milhões de lares, fazem parte de núcleos familiares que aumentaram sua renda per capita e não se enquadram mais na atual faixa de pagamento do benefício – renda mensal em grupos de até R$ 70 por pessoa ou rendimento individual mensal de R$ 70 a R$ 140. Esse universo é composto principalmente por pessoas que foram beneficiadas pela atual política de valorização do salário mínimo. Elas conseguiram emprego formal, montaram negócios próprios ou foram alcançadas pela aposentadoria rural ou Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, que paga um salário mínimo para ex-trabalhadores rurais, idosos e deficientes. (Valor Econômico)