Os bancários devem aprovar o fim da greve hoje em assembleias que acontecerão no fim da tarde em todo o país. A reabertura das agências é esperada para amanhã. Na última sexta-feira, após dois dias de negociação com representantes dos trabalhadores, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste salarial de 9% – a reivindicação inicial era de 12,8% -, que inclui a reposição da inflação dos últimos 12 meses (até setembro) mais 1,5% de aumento real, além de outras melhorias. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, confirmou ontem que a proposta atende as principais demandas dos bancários. – Teremos aumento real pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, distribuição de um valor maior de PLR e avanços nas cláusulas de segurança e saúde do trabalhador. Vamos recomendar a aprovação nas assembleias – disse Cordeiro. Pela proposta, o piso da categoria sairá de R$1.250 para R$1.400 (reajuste de 12%), e o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) subirá a R$2.800, mais 2,2 salários. Há ainda cláusula proibindo divulgar rankings individuais de funcionários e compromisso de contratar. O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, disse que a conquista de aumento real foi um grande avanço, pois o governo pressionou muito os trabalhadores a não pedirem reajuste que gerasse inflação. (O Globo)