Nenhum prefeito, nenhum deputado estadual e nenhum deputado federal. O PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não encontrou terreno fértil no Mato Grosso do Sul. O Estado é o que apresenta o pior resultado na boa safra de filiações que fará do recém-nascido partido o quarto maior do país. Na terra do polêmico governador André Puccinelli (PMDB), o PSD conseguiu atrair apenas dois vice-prefeitos e 62 vereadores (metade deles do DEM), espalhados pelos 78 municípios. "Aqui, só existe o lado de cá e o lado de lá. Da situação ninguém sai; o governador não deixa. E da oposição também não, porque é o PT", justifica o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, presidente do PSD no Estado. Antônio João, dono do maior grupo de comunicação do Mato Grosso do Sul, espera construir um espaço político que não existe: o da terceira via. "Aqui é diferente do resto do país. Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Se eles pedirem para alguém se jogar de um prédio, o sujeito pula", diz. (Valor Econômico)