O mercado de trabalho dá sinais de acomodação, após forte período de crescimento. A desaceleração da demanda no mercado doméstico nos últimos meses e o aumento do estoque na indústria, hoje no maior nível desde maio de 2009, reduziram as perspectivas de contratação nas fábricas para o último trimestre do ano, quando normalmente as admissões crescem. A queda da indústria já prejudica o nível de emprego nos serviços. No comércio o cenário também é de perda de folego das contratações. Mas, por enquanto, as admissões de trabalhadores temporários para o Natal embaralham o quadro do emprego no curto prazo. "Isso não significa que o cenário será ruim para o emprego nos próximos meses. Mas o mercado de trabalho em boa parte de 2012 estará sob efeito de um PIB que cresceu 3,1%. E a perspectiva para o PIB no ano que vem não é grande coisa", diz o economista da LCA, Fábio Romão. (O Estado de S. Paulo)