A HRT Oil & Gas vai encontrar dificuldade logística para escoar sua produção na Bacia do Solimões. A Petrobras não pretende compartilhar a estrutura do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, no Amazonas, de 661 km de extensão, com a HRT. A afirmação, feita pelo gerente-geral da Petrobras da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Amazônia, Luiz Ferradans, contraria os planos que o presidente da HRT, Marcio Mello, tem anunciado com frequência. "Não temos nenhum estudo nessa linha, não", disse o executivo. De acordo com o superintendente de Comercialização e Movimentação de Petróleo, Derivados e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), José Cesário Cecchi, a estatal não é obrigada a ceder espaço mesmo havendo capacidade disponível e ociosa. A Lei do Gás, aprovada em 2009, garante exclusividade para a Petrobras por dez anos. Dessa forma, a companhia tem tempo de desenvolver o mercado na ponta, explica Cecchi. "A não ser que seja de interesse econômico [da Petrobras] e ela negocie com a HRT", ponderou. Toda capacidade do gasoduto está contratada. (Valor Econômico)