A maior parte dos analistas e eco-nomistas consultados pelo BRASIL ECONôMICO acredita que o real de-ve se valorizar no próximo ano e, além da tendência natural de apreciação para a moeda brasilei-ra, a razão é uma melhor perspectiva para os problemas da Zona do Euro e dos Estados Unidos. "Existe um ruído muito grande no cenário internacional, que eleva a aversão ao risco e provoca a desvalorização do real", afirma o economista da Tendências Consultoria, Bruno Lavieri. Ele aposta em um câm-bio a R$ 1,75 no fechamento des-te ano e a R$ 1,65 ao final de 2012. "Passado o momento de crise, o real deve voltar a se va-lorizar, já que os fundamentos aqui dentro, ou as razões para valorização, devem voltar a ga-nhar peso", avalia. A mesma opinião é dividida pelo economista da Austing Rating, Alex Agostini. Ele explica que existe uma razão estrutural para a valorização do real, que remete à década de 1990, quando os mercados emergentes começaram a ganhar participação no comércio exterior e na economia mundial, o que trouxe maior competitividade às suas moedas. Além disso, ele conta que o Brasil está bem posicionado no mercado mundial, com o bom desempenho de suas empresas, inflação sob controle e o juro alto. "Isso aumenta o fluxo de capital para o país", diz.