Mesmo reconhecendo a seriedade do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que já presidiu a Câmara dos Deputados e sobre quem não pesa qualquer denúncia ou suspeita de corrupção, a oposição subiu ontem o tom das críticas à decisão da presidente Dilma Rousseff de manter a pasta sob o comando dos comunistas. – De todas as substituições feitas em meio a denúncias de corrupção, a presidente comete, neste caso, o maior dos equívocos, por manter a pasta sob comando de partido que a aparelhou de forma jamais vista. Dilma dá demonstração clara de que quer dar satisfação à opinião pública e não corrigir de fato os gravíssimos desvios. Na medida em que tira o ministro e mantém o partido, não mostra a autoridade que precisa mostrar – disse o senador tucano Aécio Neves. Na avaliação de Aécio, a presidente perdeu a oportunidade de se impor perante a base e enfrentar feudos partidários que priorizaram interesses particulares em detrimento do interesse do país. E que Dilma não pode atribuir erros ao passado. (O Globo)