Mais antigo parceiro eleitoral do PT, o PC do B teve de dobrar as resistências da presidente Dilma Rousseff e o apetite dos aliados para emplacar o deputado Aldo Rebelo (SP) no Esporte. Nos bastidores, Dilma foi pressionada por petistas para que o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B-MA), assumisse a vaga de Orlando Silva. Grupos de resistência no PT se movimentaram na quarta-feira para barrar a indicação de Aldo. Pela manhã, o comunista havia sido escolhido pelos comunistas para assumir o Esporte. Dispostos a remover dois obstáculos em apenas um lance, os petistas apadrinharam Dino. Com isso, pretendiam retomar o comando da Embratur e tirar o comunista da corrida pela prefeitura de São Luís (MA), abrindo caminho para uma candidatura do PT. O esforço fez eco no Planalto. Dilma via Aldo com desconfiança desde que ele capitaneou a primeira grande derrota de seu governo, como relator do Código Florestal. Em maio, o deputado ignorou as orientações do Planalto, se aliou à oposição e foi decisivo na votação que contrariou os interesses do governo. Como retaliação, Dilma ajudou a deputada Ana Arraes (PSB-PE) a derrotá-lo na disputa por uma cadeira no Tribunal de Contas da União. (Zero Hora)