O Palácio do Planalto elaborou uma estratégia para tentar tirar da saúde o título de área mais mal avaliada do governo. Depois de orientar a base no Congresso Nacional a engavetar a regulamentação da Emenda 29, que institui repasses mínimos dos entes federativos para o setor, a presidente Dilma Rousseff vai propor a prefeitos e governadores de todo o país um pacto pela saúde. Tudo para melhorar a desaprovação ao setor, medida em 67% segundo pesquisa Ibope/CNI publicada há um mês. O acordo deve ser selado durante evento, na semana posterior ao feriado de Finados, com a presença dos mandatários de municípios e estados brasileiros. A estratégia traçada pelo governo federal é reduzir dois calos da saúde no Brasil: o atendimento nos prontos-socorros e aos doentes com dificuldades de locomoção até um hospital. A melhoria viria com a redução dos tempos de espera nas emergências e para a realização de exames. Para isso, o primeiro passo será elevar de R$ 500 para R$ 900 o valor pago por paciente internado na UTI aos hospitais da rede – os números ainda não foram fechados. O pacto proposto pelo Planalto prevê que prefeitos e governadores assumiriam parte dessa conta, como contrapartida. Outra medida será firmar acordos com hospitais da rede privada para a instalação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). "Se tem um hospital universitário, uma Santa Casa, que tenha urgência e emergência e preencha os requisitos mínimos, o ministério (Saúde) contrata a emergência/urgência do estabelecimento e não constrói a UPA", explica o presidente da Frente Parlamentar da Saúde na Câmara dos Deputados, Darcísio Perondi (PMDB-RS). (Estado de Minas)