A inflação no Brasil vem desacelerando em direção à meta de 4,5%, em linha com o cenário elaborado pelo Banco Central. Mas isso não significa preços mais baixos. A assistente administrativa Eneide Chaves Custódio, 49 anos, vem percebendo que roupas e brinquedos importados da China estão mais caros na prateleira. A consumidora confirma a pressão sobre os preços que vêm da ásia: o Brasil está importando parte da inflação chinesa. "Com a presidente não está tão ruim, mas não é mais tão bom quanto era com o Lula", diz Eneide. "Antes, a gente sentia mais segurança", afirma. "E essa coisa do Banco Central depende mais da política do governo", acrescenta, ao ser indagada sobre o comportamento da inflação e a atuação do Banco Central. "Os brinquedos estão bem mais caros do que em qualquer época e as roupas estão custando mais também." O comportamento da economia chinesa provoca um impacto direto e outro indireto nos preços do País, conforme explica o ex-secretário de Política Econômica Julio Gomes de Almeida. (O Estado de S.Paulo)