A redução da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e o óleo diesel que começa a valer hoje tem como objetivo garantir que o reajuste de preço dos combustíveis na refinaria não repercuta nas bombas, especialmente agora, quando o dragão inflacionário volta a perseguir a renda das famílias. Mas mesmo com a decisão do governo de abrir mão de parte da arrecadação para compensar a mudança dos valores cobrados pela Petrobras, os postos de gasolina preferem não confirmar ainda a estabilidade dos preços aos consumidores. "Só amanhã (hoje) saberemos se a redução do imposto foi suficiente para equilibrar a conta", diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo (Minaspetro), Paulo Miranda. A prova de fogo para o consumidor começa hoje, uma vez que os repasses de preço para as bombas costumam ser bem ágeis. "Nossa expectativa é de que o preço da gasolina C (comum) não mude, mas já recebemos mensagem do nosso distribuidor alertando que pode haver um repasse de R$ 0,03 no litro", comenta Márcio Soares, proprietário de posto de combustíveis na Região Sul de Belo Horizonte. Segundo ele por cautela, seu distribuidor já ascendeu aos postos a luz amarela. "Apesar de o preço do álcool anidro (adicionado ao combustível) estar estável existe risco de a gasolina subir." Jaime Reis, gerente de outro posto de combustível na Região Sul da cidade, prefere não fazer apostas sobre os preços nos próximos dias. Ele informa que não recebeu qualquer comunicado do distribuidor. (Estado de Minas)