Por iniciativa da primeira vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), está em curso no Senado um levantamento para identificar o total de homens, mulheres e negros que trabalham na Casa e as funções que exercem. A senadora nega a intenção de preparar o terreno para implantar o sistema de cotas na instituição, alegando que o mesmo tipo de trabalho tem sido feito, no mundo todo, por grandes empresas. "Não ponha a carroça na frente dos bois", reagiu. "Mesmo não tendo nada contra as cotas, vou analisar as respostas com muito cuidado, ver qual é a melhor proposta, falar com algumas pessoas, ver as consequências de todas as medidas, enfim é um estudo para conhecer melhor o Senado", alegou. Uma comissão foi criada especialmente para fazer o perfil dos 3.227 servidores efetivos, dos 3.104 comissionados e 3.280 terceirizados e ainda dos estagiários que atuam na Casa. Chamado de Comitê de Equidade de Gênero e Raça, a senadora afirma que o objetivo é ter um diagnóstico e depois ter ações que implementem uma maior equidade. "O mundo todo tem essa preocupação", acrescentou. (Agência Estado)