Um relatório aprovado pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) em 19 de outubro diz que "a situação é crítica" no Ministério do Trabalho: mais de 500 relatórios de prestação de contas apresentados por ONGs e outras entidades que receberam verbas públicas estão engavetados no ministério, sem fiscalização. Metade deles corre o risco de completar cinco anos no fundo dos armários. "Reiteradas auditorias apontaram irregularidades. Esta Corte não pode ser tolerante com a situação", critica o ministro Weder de Oliveira, do TCU. A falta de fiscalização facilita o trabalho dos fraudadores. Como o Globo revelou ontem, só em Sergipe a Policia Federal abriu 20 inquéritos para apurar desvios de verbas cometidos por ONGs. O ministro Carlos Lupi negou envolvimento com as irregularidades e disse que vai lutar para não ter o mesmo destino de outros cinco ministros exonerados após denúncias de irregularidades. "Vou nesta luta até o fim. Morro, mas não jogo a toalha", disse. Mas até parlamentares do PDT cobram investigações. (O Globo)