Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que o desemprego é maior em metrópoles com maior número de pessoas negras ou pardas. O estudo, coordenado pelo economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, dissociou a questão de escolaridade do desemprego, mostrando que a falta de trabalho tem relação com a cor, sem relação obrigatória com os anos de estudo. "A gente sabe que a taxa de desemprego dos brancos é mais baixa do que dos outros grupos. Dado esse fato, quando se observa uma composição populacional majoritariamente branca, comparando com outros estados, como a Bahia, onde a participação de negros e pardos é muito mais elevada, isso acaba determinando o diferencial de desemprego entre essas duas regiões". Segundo dados da pesquisa, enquanto a taxa de desemprego em Salvador chegava a 14,2%, em Porto Alegre o desemprego era 6,8%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) de 2009, citada no trabalho, na Bahia 30% da população são formados por negros e 53% por pardos. No Rio Grande do Sul, os brancos são 80%, 7% são negros e 10,8% pardos. (Agência Brasil)