Preocupada com a crescente competição da ásia e dos países desenvolvidos em um mercado no qual o Brasil vem ganhando importância, a presidente Dilma Rousseff decidiu que a áfrica terá uma estratégia especial do governo para exportação de mercadorias e serviços. Técnicos já estudam criar novos mecanismos de garantia de financiamentos, um dos maiores obstáculos ao aumento de negócios com o continente, e, a pedido de Dilma, será criado um "grupo áfrica", para associar vendas e investimentos a programas de desenvolvimento local. "Se ficarmos com uma atitude passiva em relação à áfrica, vamos perder terreno lá, e temos é de ganhar terreno", disse o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Ele decidiu comandar a missão da Agência de Promoção de Exportações (Apex) que, na próxima semana, levará empresários brasileiros a Angola, Moçambique e áfrica do Sul, para discutir investimentos e perspectivas de comércio com os governos e setor privado desses países. Nos próximos dias, ele fará a primeira reunião do "grupo áfrica", com pelo menos cinco ministérios, especialistas e executivos, para discutir as diretrizes da presidente. Há duas semanas, quando se reuniu com dirigentes da Vale e das principais construtoras do país, em Moçambique, Dilma disse que o governo continuará apoiando a atuação privada na áfrica, mas quer um projeto geral para o país, no qual esses negócios se enquadrariam e trariam, explicitados, os benefícios sociais que levarão ao país. Como será esse projeto é um dos temas do "grupo áfrica". (Valor Econômico)