O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araujo, disse durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que o endividamento das famílias subiu, de 25% de sua renda, em 2006, para 41,3% em meados deste ano. Entretanto, ele observou que a parcela da renda mensal comprometida permaneceu estável em cerca de 20% desde 2006 – sem apresentar crescimento. Isso pode ser explicado, segundo ele, pelo aumento dos prazos das operações de crédito, pela redução das taxas de juros bancárias registradas nos últimos anos e, também, pelo aumento da massa salarial. "Temos um acompanhamento de crédito detalhado. Todas operações acima de R$ 5 mil estão na central de risco de crédito [do BC]. Temos mais de 140 milhões de operações, com 32 milhoes de devedores, o que cobre 90% do mercado de crédito bancário. As taxas de inadimplência têm se mantido. Não se observam mudanças grandes. Têm aumentos de acordo com o ciclo econômico. O endividamento das famílias subiu, mas o comprometimento da renda tem se mantido mais ou menos estável em torno de 20% da renda desde meados de 2006", afirmou o diretor do BC. (G1)