Acionada pelo Palácio do Planalto, a Petrobras entrou ontem em ação para tentar evitar a greve dos petroleiros agendada para o dia 16. A estatal convocou uma reunião com a Federação única dos Petroleiros (FUP), que pede um aumento real de 10% e melhores condições de segurança. A ideia do governo Dilma Rousseff é evitar a elevação dos gastos públicos e que a greve dos petroleiros sirva de exemplo para outras categorias. No mês passado, o governo teve de lidar com as greves dos servidores dos Correios e dos bancários. Conseguiu, por outro lado, enfraquecer o movimento grevista que ameaçava paralisar os principais aeroportos do país. Agora, além de tentar conter uma iniciativa que pode contagiar outras negociações setoriais e prejudicar o combate à inflação, esforça-se para impedir uma paralisia na estratégica produção de petróleo e seus derivados da maior empresa do país. "A gente quer cobrar a Petrobras. Temos o direito de afetar a rentabilidade da empresa para buscar os nossos direitos", afirmou o coordenador-geral da Federação única dos Petroleiros, João Antônio de Moraes. (Valor Econômico)