Como consequência da crise externa, do arrefecimento na produção industrial e da política monetária mais restritiva adotada pelo Banco Central no primeiro semestre, a economia brasileira encolheu 0,32% no terceiro trimestre, em comparação com o resultado registrado de abril a junho, segundo dados do índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) – um indicador que reflete o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) -, divulgado ontem pelo BC. Segundo economistas, contudo, o dado não deve assustar. Em primeiro lugar, porque já havia a expectativa dessa redução, mas, principalmente, porque a trajetória tende se reverter com a retomada da atividade a partir do final deste ano e ao longo do ano que vem, quando o efeito monetário dos juros menores se refletir na economia. "Além da perspectiva de redução de juro, é preciso considerar a influência do aumento de cerca de 14% do salário mínimo no início do próximo ano. Isso certamente trará impacto para o consumo e, consequentemente, para a inflação", avalia André Sacconato, da Brain Brasil. Além disso, há outros elementos de dinamismo presentes na expectativa para o médio prazo, como a Copa e as Olimpíadas, que ajudam a puxar os investimentos. (Brasil Econômico)