A presidente Dilma Rousseff enfrentará reações no movimento negro se forem confirmadas as informações de que pretende extinguir a Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Militantes de todas as tendências consideram a proposta um retrocesso político. Por outro lado, a presidente ganhará aplausos se, além de manter a secretaria, trocar a atual titular. No movimento negro e até em alguns setores do PT, é cada vez maior o descontentamento com a atuação de Luiza Bairros. Na avaliação dos críticos da ministra, ela mostra pouca disposição para o diálogo com organizações sociais e ignora demandas petistas. Até circula em Brasília o comentário de que ela nem faz parte da cota do PT na Esplanada dos Ministérios. Na verdade, integraria a cota do governador baiano Jaques Wagner (PT), que, saiu das eleições de 2010 com cacife para indicar dois ministros: Luiza e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário). Curiosamente, os dois frequentam todas as listas de apostas sobre nomes passíveis de serem substituídos por Dilma na esperada reforma ministerial em janeiro. (O Estado de S.Paulo)