O governo vai adotar uma estratégia de sintonia fina para administrar as próximas medidas de estímulo ao crescimento da economia em 2012 e não comprometer o processo de queda da taxa básica de juros. O Estado apurou que o Banco Central (BC) avalia a necessidade de liberar parte dos depósitos compulsórios para ajudar a dar liquidez aos bancos médios. Os compulsórios são recursos que as instituições financeiras são obrigadas a manter no BC. O Ministério da Fazenda, por sua vez, estuda a possibilidade de reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os financiamentos bancários. A prioridade, no entanto, continua sendo a de abrir caminho para ajustes moderados da taxa Selic, como sinalizou anteontem o presidente do BC, Alexandre Tombini. Desde agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) já fez dois cortes, de 0,5 ponto porcentual cada, na taxa básica de juros, que atualmente está em 11,5%. A expectativa é que uma nova redução, de mesma magnitude, seja aprovada dentro de duas semanas, quando o comitê realiza sua última reunião do ano. (O Estado de S.Paulo)