O mapa das minas de ouro no Brasil do século XXI começou a ganhar novos contornos nos últimos anos e voltou a ter projetos de vulto como no passado. A região Centro-Oeste despontou como uma das mais promissoras do país e já acumula quase a metade das lavras em atividade hoje. Sozinho, o estado do Mato Grosso detém 22,4% das 2.819 minas em operação, enquanto Goiás vem logo em seguida, com 20,9%. Em apenas dois projetos novos nestes dois estados, a gigante canadense Yamana Gold deve tirar quase sete toneladas de ouro por ano. Trata-se de um incremento potencial de mais de 10% à produção nacional, estimada pelo governo em 62 toneladas. A partir de 2012, as minas de Ernesto e Pau-a-Pique, no Mato Grosso, devem começar a produzir 3,1 toneladas/ano em uma das novas plantas da companhia, enquanto em Pilar de Goiás, Norte do estado, esperam-se outras 3,73 toneladas já em 2013. Aos poucos, a paisagem deste município goiano, vizinho de Crixás – onde a sul-africana AngloGold tem a unidade de Serra Grande, da qual extrai 2,39 toneladas/ano – vai mudando de cara. (O Globo)