O desempenho até outubro levou o governo a elevar a previsão de receitas primárias (não financeiras) para este ano. Incluindo contribuições à Previdência, a arrecadação federal alcançará R$ 1,012 trilhão, R$ 14,998 bilhões além do que se previa em setembro, segundo relatório de reavaliação divulgado sexta-feira. Diante disso, a Fazenda e o Planejamento anunciaram ampliação de R$ 12,153 bilhões no limite de gastos discricionários dos três Poderes, R$ 11,963 bilhões dos quais para o Executivo. Em dez meses, segundo a Receita, a arrecadação chegou a R$ 794,307 bilhões, o que representou alta real de 12,2% sobre igual período de 2010, tomado como deflator o IPCA. Só em outubro foram obtidos R$ 88,741 bilhões. A receita de alguns tributos nesses dez meses aumentou bem mais do que a média. Destacaram-se a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, que cresceram respectivamente, 24,15% e 14,16% sobre igual período de 2010. A nova previsão já contempla desaceleração em novembro. A arrecadação manterá crescimento sobre 2010, mas menor. (Valor Econômico)