Nos primeiros dias da ocupação da favela da Rocinha, na zona sul do Rio, pelas forças de segurança, o governo do Estado apressou-se em anunciar a segunda etapa de obras na comunidade, ao custo de R$ 700 milhões, em que a grande atração seria um teleférico para transportar até 30 mil pessoas por dia. Mas o caminho para chegar a novos recursos federais ainda é longo. No dia 30 deste mês será escolhida a empresa que, em seis meses, fará o projeto executivo das obras. Só depois do trabalho concluído Estado e União firmarão o contrato da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) da Rocinha. A elaboração do projeto executivo custará R$ 12 milhões, pagos pelo governo do Estado. Além de não avançar no PAC 2, as obras do PAC 1 na Rocinha receberam ontem sinal amarelo (de atenção) do Ministério do Planejamento. O governo federal citou a "demora" na aprovação do projeto de obras complementares, que resultarão em gasto extra de R$ 51 milhões, além dos R$ 278 milhões já investidos, divididos entre Estado (40%) e União (60%). (O Estado de S.Paulo)