A Petrobras e a japonesa Inpex, sócias da Chevron no campo de Frade, na Bacia de Campos, poderão ter que arcar com parte dos prejuízos causados pelo vazamento de petróleo ocorrido no dia 7. A estatal responde por 30% da sociedade e tem por prática não contratar seguro contra acidentes ou perdas ocorridas durante a exploração de poços no Brasil. A Chevron, que detém 51,7%, e a Inpex, com 18,3%, chegaram a contratar uma corretora de grandes riscos, mas nenhuma das partes informa se algum seguro chegou a ser feito. No mercado segurador, o risco que cobre a etapa de perfuração, durante a qual houve o vazamento em Frade, é conhecida como "despesas extras do operador". Segundo o responsável pela área de óleo e gás do IRB-Brasil Re, Carlos Vinícius Simonini, nesse tipo de apólice são cobertos, usualmente, os custos com o estancamento do vazamento, com a despoluição causada pelo incidente e até uma nova perfuração do poço. A outra apólice comum para esses casos, exigida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), é a de responsabilidade civil, que cobre danos causados contra terceiros. Ainda não houve danos pessoais reclamados no caso. (Valor Econômico)