A presidente Dilma Rousseff tem acompanhado com especial atenção a atual crise e está pessimista com a economia mundial em 2012. Ela lamenta que os líderes que assumiram o poder recentemente na Europa sejam conservadores e excessivamente "fiscalistas". E considera que a solução para enfrentar os reflexos da turbulência mundial no Brasil está na economia doméstica. Daí, sua obsessão em adotar medidas agora para estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos meses. A segunda fonte de preocupação da presidente é a inflação interna, que, apesar do desaquecimento da economia, ainda ronda o teto de 6,5% fixado para 2011. Por isso, o governo vai agir em duas das três fontes de pressão inflacionária: os preços dos alimentos básicos e o etanol. Para antecipar eventuais altas nos alimentos na entressafra, Dilma determinou um reforço no caixa da Conab, que deverá ampliar fortemente as compras diretas de grãos e cereais. Arroz, trigo, feijão e milho serão os alvos principais. O objetivo é adquirir os alimentos diretamente do produtor a preços de mercado, garantindo boa remuneração no auge da colheita, e formar estoques estratégicos. (Valor Econômico)